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Estudo sobre estimulação visual, com participação da APCC, publicado na Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

Uma investigação em que estiveram envolvidos elementos das equipas médica e de terapia ocupacional da consulta de oftalmologia da APCC, relativa ao défice visual cerebral (uma disfunção que afeta a função visual devido a uma lesão no cérebro, não relacionada diretamente com os olhos) e que teve como objeto a abordagem realizada na instituição na área da estimulação visual, acaba de ser publicada no mais recente número da conceituada Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia.

O estudo em causa – que já foi anteriormente distinguido com um Prémio Essilor no âmbito do 66º Congresso Português de Oftalmologia e uma menção honrosa para Melhor Comunicação Livre no 1º Congresso Multidisciplinar sobre Paralisia Cerebral – avaliou utentes da Associação entre os 6 meses e os 14 anos, diagnosticados com paralisia cerebral e défice visual cerebral, tendo concluído que uma abordagem personalizada e multidisciplinar de reabilitação visual contribui efetivamente para a recuperação das crianças e jovens.

Entre as propostas de ação resultantes está a necessidade de criar nas instituições, à semelhança do que acontece na APCC, espaços para estimulação visual e equipas multidisciplinares: no Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral são realizadas em permanência consultas de oftalmologia e sessões de estimulação visual, numa interligação entre médicos oftalmologistas e terapeutas ocupacionais, empregando recursos adquiridos ou criados de raiz, entre os quais uma sala própria para a baixa visão e uma sala de snoezelen.

O artigo “Impacto da Terapia de Estimulação Visual na Abordagem do Défice Visual Cerebral em Crianças com Paralisia Cerebral” – da autoria de Inês Figueiredo, médica oftalmologista do CHUC – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, com supervisão de Andreia Ramos, Marisa Carmo, Inês Martins, Luís Almeida e Catarina Silva (APCC), Catarina Paiva (APCC e CHUC) e Joaquim Murta (CHUC e Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra) – pode ser consultado em https://revistas.rcaap.pt/oftalmologia/article/view/33245/25420.

No Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral de Coimbra é desenvolvido um modelo de intervenção interdisciplinar e colaborativo, centrado na família e nas suas necessidades e da criança. O trabalho realizado, em que a reabilitação é entendida como um processo global, contínuo e dinâmico, com impacto na vida de utentes, famílias e comunidade, pretende levar a que os diferentes atores se tornem facilitadores e promotores do processo habilitativo.