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Projeto Estúdio ‘convoca’ mais um parceiro para fazer nascer poesia da sombra

A sala da Quinta da Conraria onde os elementos do Projeto Estúdio – um dos dois grupos de teatro da APCC – tantas vezes olham para si próprios para olhar para o mundo foi, ontem, espaço para um encontro que promete vir a transformar sombras em frutos (poéticos)… Tudo decorreu com o enquadramento de “Uma sombra é para…”, um programa com reticências em torno da ideia e do(s) significado(s) de sombra, que aquele coletivo tem vindo a desenvolver no último ano.

E como se trata de um projeto delineado para ser acrescentado por diversos parceiros igualmente empenhados em discutir e trabalhar sobre conceitos como comunidade, criação e fruição, a reunião de ontem marcou a ‘chegada’ de mais um cúmplice: a editora Boca, especialista em fazer o livro conviver com o áudio, pondo em diálogo as várias linguagens e registos da criação literária e das artes, do pensamento e da cultura.

Assim, a fundadora Oriana Alves foi uma convidada muito especial para uma conversa que foi apenas o início de um diálogo já em construção: ficou a conhecer melhor o percurso e projetos anteriores do Projeto Estúdio, trocou ideias com a professora e encenadora Adriana Campos e os restantes membros do grupo e ainda visitou outro espaço de criação por excelência, a Sala da Música, para um primeiro contacto com os Ligados às Máquinas, a orquestra de samples da APCC que também faz parte desta equação cujo resultado só poderá ser deslumbrante. Fiquem atentos…

O programa “Uma sombra é para…” levou já o Projeto Estúdio às livrarias Almedina Estádio Cidade de Coimbra, Faz de Conto e Casa do Castelo, para encenar três oficinas-espetáculo (“Oficina com luz própria”, “Oficina para ver o mundo” e “Oficina em que o mundo dá muitas voltas”, respetivamente) baseadas em outros tantos livros. É o sucessor do ciclo “Primaverar”, em que o grupo também criou espetáculos que foram apresentados nas livrarias que acolhiam as obras que os suscitaram.

Do trajeto do Projeto Estúdio constam ainda “Cem linhas”, um espetáculo que foi igualmente um livro (2016), e as ‘aberturas’ da Loja de Vender Poetas (2018) e da Loja de Vender FI (2019). Este é um dos dois grupos teatrais em atividade na APCC, no âmbito das diferentes áreas artísticas que constituem uma parte importante da ação da instituição enquanto promotora da inclusão social. Pode saber mais em www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=247.