O Projeto Estúdio acaba de criar uma máquina de fazer sombras!… Neste momento, não podemos dizer muito mais sobre a próxima produção daquele grupo de teatro da APCC, até porque o mistério é parte fundamental do que aí virá… Mas podemos deixar algumas pistas, a começar pelo nome: “Uma sombra é para…”
Trata-se, portanto, de um programa com reticências, delineado pelos elementos do grupo e pela professora e encenadora Adriana Campos para que outros o acrescentem. Em torno da ideia e do(s) significado(s) de sombra, o Projeto Estúdio vai envolver muitos parceiros, trabalhando os conceitos centrais de comunidade, criação e fruição. Daí resultarão pequenos espetáculos e produtos multimédia, sempre em torno da sombria problemática.
O trabalho já começou, na sala onde o grupo ensaia regularmente, mas irá agora bater a outras portas da Quinta da Conraria, para começar a descobrir/definir (riscar o que não interessa) para que pode afinal servir uma sombra. Dali, sairá depois para a cidade e para o mundo, projetando sombras com as mais variadas formas e sobre as mais diversificadas superfícies, que se prolongarão até julho do próximo ano.
“Uma sombra é para…” sucede ao ciclo ‘Primaverar’ (que partiu do verbo inventado por Tolentino de Mendonça em “Que coisas são as nuvens”), que permitiu ao Projeto Estúdio – no âmbito do projeto “FLORescente”, desenvolvido entre 2022 e 2023 – procurar inspiração na literatura para criar espetáculos que foram apresentados nas livrarias que acolhiam os livros que os influenciaram. Antes disso, o grupo foi também responsável pela abertura da Loja de Vender Poetas (inspirada no livro de Afonso Cruz “Vamos comprar um poeta”) e da Loja de Vender FI (sobre o elixir que faz falta na nossa vida) e criou “Cem linhas – notas para viajar dentro de um espetáculo”, um espetáculo e um livro influenciados pela obra “Eu espero”, de Davide Cali.
O Projeto Estúdio é um dos dois grupos teatrais em atividade na APCC, sendo o teatro uma das várias áreas artísticas que constituem uma parte importante da ação da Associação enquanto promotora da inclusão social. É desenvolvido tanto através de dinâmicas no campo da expressão dramática, como de apresentações ao público, dentro e fora das instalações da instituição. Pode saber mais em www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=247.