Centro de Reabilitação

Quando chegou o convite, há cerca de duas semanas, trazia um desafio e um convite da parte das crianças do Semi-Internato da APCC… O desafio era para que os trabalhadores do Centro de Reabilitação dessem asas à criatividade e decorassem as portas dos respetivos departamentos e serviços, de preferência recorrendo a materiais de desperdício, com adereços alusivos ao Dia das Bruxas… E é por isso que, desde segunda-feira, quem entra no Centro pode pensar que está na Casa Assombrada da Feira Popular!

O convite, esse, tinha uma data concreta e era absolutamente irrecusável: que na manhã do dia 30 de outubro, todos abrissem precisamente as suas portas a um desfile irresistível de pequenos fantasmas, vampiros, bruxos e outras criaturas arrepiantemente ternurentas e diabolicamente felizes! E assim se assistiu a um corrupio de alegria, com muitas doçuras e algumas – igualmente açucaradas – travessuras!

Uma investigação em que estiveram envolvidos elementos das equipas médica e de terapia ocupacional da consulta de oftalmologia da APCC, relativa ao défice visual cerebral (uma disfunção que afeta a função visual devido a uma lesão no cérebro, não relacionada diretamente com os olhos) e que teve como objeto a abordagem realizada na instituição na área da estimulação visual, acaba de ser publicada no mais recente número da conceituada Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia.

O estudo em causa – que já foi anteriormente distinguido com um Prémio Essilor no âmbito do 66º Congresso Português de Oftalmologia e uma menção honrosa para Melhor Comunicação Livre no 1º Congresso Multidisciplinar sobre Paralisia Cerebral – avaliou utentes da Associação entre os 6 meses e os 14 anos, diagnosticados com paralisia cerebral e défice visual cerebral, tendo concluído que uma abordagem personalizada e multidisciplinar de reabilitação visual contribui efetivamente para a recuperação das crianças e jovens.

Com tanto que a música nos dá – nas vidas de cada um, mas também tendo em conta o papel que ocupa, aos mais variados níveis, nas próprias atividades da APCC – a instituição não podia deixar passar em claro o seu Dia Mundial! E foi por isso que, na manhã de ontem e ‘liderados’ pelas crianças do Jardim de Infância e da Escola Básica, trabalhadores, utentes e famílias se juntaram no Centro de Reabilitação para dizer (e cantar…) o que acontece “Se há Música»!…

E este foi mesmo o título da canção original que todos interpretaram, escrita pela técnica de intervenção e dinamização musical Maria Caetano… Mas já lá voltamos, porque antes desse momento alto, foi ainda possível refletir um pouco sobre como a música está presente no quotidiano de todos, a partir de uma ‘provocação’ daquela profissional da Associação: Alguém se sente indiferente ou não gosta de música?

E ent...

Um mês e meio a construir grandes memórias, com muita animação e a energia sempre no máximo! As Férias de Verão do Serviço de Apoio à Família começaram em meados de junho e estão quase a terminar, mas, entre um momento e outro, têm sido incontáveis as experiências inesquecíveis vividas e os momentos de partilha! Para estes jovens utentes da APCC, a alegria não tem tido interrupções!

E tanto que já houve para fazer!… Nas idas à Praia Fluvial da Ereira e a Ançã (com direito a fazer uma verdadeira pizza no forno!) e nas saídas ao Parque Infantil Inclusivo de Eiras, ao Parque Municipal de Skate, ao Choupal (em que se foi à descoberta das plantas!) ou ao Parque Linear do Vale das Flores, foi bastante o que se brincou e ainda mais o quanto se sorriu!

Mas t...

Na correria do quotidiano, facilmente perdemos a noção de como é importante parar para pensar e respirar mais fundo, de forma a mantermo-nos equilibrados. E na passada semana, no Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral, houve mais do que uma oportunidade para conseguir fazê-lo… E tendo o yoga como essência precisamente o equilíbrio o equilíbrio – entre o corpo e a mente, mas também do ser humano com o mundo – foi a ele que recorreram utentes e colaboradores da APCC.

Em sessões distintas, dirigidas aos residentes do Lar de Apoio e a profissionais da instituição, coube a Mónica Nogueira (técnica do Centro de Recursos Local, mas também instrutora de yoga) conduzir os dois grupos numa demanda da harmonia. Da parte dos participantes, houve motivos diferentes para aceitar o desafio – fosse para diminuir o stress e a ansiedade, por exemplo, ou simples curiosidade – e igualmente graus de dificuldade diferentes para executar cada uma das posições, mas o que todos sentiram por igual foi, de facto, um grande bem-estar.