Princípio: reunir condições para que o trabalho se centre no cliente e nos respectivos objectivos terapêuticos e/ou reabilitativos.
ÁGUA | FACILITADOR DA ESTIMULAÇÃO PSICOMOTORA
A água rodeia o corpo. Ela massaja e acaricia. Numa abordagem psicomotora, o envolvimento pela água estabelece o designado espaço intermediário de jogo. Esta zona constitui a parte mais importante da experiência com as crianças portadoras de Paralisia Cerebral. Nela, vivem-se dois tipos de experiências:
– a das sensações do próprio corpo;
– a da percepção do que rodeia a criança e, particularmente, dos movimentos do outro.
Na hidroterapia, o psicomotricista começa por dar importância ao desenvolvimento relacionado com o corpo e aos seus fundamentos. Trabalha insistindo nas relações entre a construção da identidade corporal e a vida psíquica.
PARA O PSICOMOTRICISTA…
A atenção direcciona-se para as capacidades da criança em descobrir um novo espaço, em experimentar, explorar e investir na sua motricidade. Acompanha a criança nas suas diferenças, nos seus desejos, nas suas explorações. A idade e o desenvolvimento psicomotor da criança são referências fundamentais.
O que permite a água?
- Acompanhamento do movimento = prolongamento do movimento.
- Liberdade de expressão.
- Massajem e carícia.
- Sensação de leveza.
- Sensações limites do corpo no confronto com a resistência da água, em contrapartida com a sensação de levitação e as sensações de perda dos limites corporais.
- Imersão que leva a uma modificação das referências neurológicas, uma vez que as solicitações são diferentes das do meio aéreo.
- Quando o sujeito não tem pé, as suas referências vestibulares vão sobrepor-se às referências habituais (articulares, musculares).