Esculturas, desenhos e pinturas da autoria de 34 artistas que exercem a sua atividade na APCC estão, desde ontem, expostas da Casa da Mutualidade, dando assim aos visitantes a possibilidade de conhecer outras tantas identidades e universos criativos que têm em comum a ideia de que a condição orgânica do indivíduo não o limita, antes contribui para a sua multidimensionalidade pessoal, social e artística.

Na inauguração da Exposição Coletiva de Artes Plásticas da APCC, foi vincado o seu caráter eminentemente artístico e colaborativo, juntando parceiros que operam em diferentes setores – no caso, a APCC, A Previdência Portuguesa e o festival Luna Fest, em cuja agenda cultural se enquadra – numa parceria que pretende mostrar a toda a sociedade a importância da arte em si mesma, mas também enquanto promotora da participação.

O Talasnal foi o ponto alto do dia de ontem para os utentes do Lar de Apoio da APCC. Literalmente! Porque foi até àquela aldeia de xisto que, com tanto esforço como determinação, conseguiram chegar depois de se terem lançado ‘à conquista’ da Serra da Lousã. O percurso – que fizeram acompanhados por colaboradores daquela unidade residencial e do Departamento de Educação Física e Desporto – não era certamente fácil, mas foi ele próprio compensação mais do que suficiente, dada a sua beleza natural e magia muito própria.

Ao embrenharem-se na vegetação exuberante, ao mesmo tempo que vislumbravam ao longe as várias aldeias serranas, foi fácil para aqueles jovens perceberem a importância do respeito pela natureza. E até, com recurso à imaginação, ‘observar’ veados, corços ou javalis que se sabe percorrerem aqueles mesmos espaços. Já para não falarmos das lições sobre entreajuda ou da importância dos momentos de convívio!

No âmbito da agenda cultural do festival Luna Fest, em parceria com A Previdência Portuguesa e a APCC, a Casa da Mutualidade inaugura no dia 8 de agosto, às 17H30, a Exposição Coletiva de Artes Plásticas da APCC. Aqui estarão reunidas obras de artistas que, exercendo a sua atividade criativa na Associação, se apresentam inscritos em universos em tudo distintos entre si.

Percorrendo diversas correntes da história da Arte, ora aproximando-se, ora afastando-se de obras de referência que quase todos conhecemos, as diferentes peças que agora se exibem são, antes de tudo mais, olhares únicos, formas distintas de observar o mundo e de o (re)organizar. Valem, por isso, pela sua qualidade artística e pela capacidade própria de provocar sensações em quem as observa, ao arrepio de conceitos como ‘arte inclusiva’, em si próprios geradores de exclusão.

Com o final da época competitiva de 2022/2023, o Departamento de Educação Física e Desporto da APCC começou a preparar-se para dar por terminado o ano desportivo, mas ainda havia alguns desafios para superar e momentos para desfrutar… E foi com estas ideias em mente que dois grupos das vertentes de lazer e manutenção foram esta semana até à praia fluvial de Palheiros e Zorro para praticar canoagem!

Não podemos dizer que o tempo estava convidativo, mas nem as persistentes nuvens retiraram alegria e animação a duas manhãs muito bem passadas! E não vamos estar agora a contabilizar quem remou as maiores distâncias ou até quem deixou o esforço exclusivamente nos braços do parceiro de caiaque, porque o mais importante foram mesmo os sorrisos rasgados, sobretudo de quem se estreou nesta atividade.

E até...

Se há cidade que se distingue pela sua relação com a água é certamente Coimbra, tendo em conta a ligação umbilical que tem com o rio Mondego, decisivo por razões defensivas e de comércio para o seu estabelecimento e componente essencial da mística coimbrã, como tal imortalizado em canções e muitas outras expressões artísticas. Mas sendo aquele um elemento essencial à vida e à atividade humana, há muito mais para descobrir quando nos propomos fazer um percurso que ligue as duas margens, guiado pelo percurso da água.

Foi esse mesmo o desafio a que ontem se lançaram formandos (mas também formadores e outros técnicos!) de todos os cursos da Formação Profissional da APCC atualmente em desenvolvimento, num peddy-paper pensado pela equipa técnico-pedagógica para celebrar o mês da Cidade. Uma atividade que começou em plena zona histórica da Universidade, concretamente no Largo D. Dinis, e terminou na Quinta das Lágrimas, que o mesmo é dizer nas fontes dos Amores e das Lágrimas.