Ontem, a Sala do Teatro ‘mudou-se’ para a URDP 2. E foi possível imaginar como seriam os fenómenos atmosféricos se fossem um movimento e ficar a saber o que é um laranjão… Mas já lá vamos, porque é importante começar por dizer que tudo partiu de um desafio lançado pela professora Maria Rebelo, para que diversas respostas e colaboradores da APCC na Quinta da Conraria se dessem a conhecer aos utentes daquela última sala. E, por isso, a professora de teatro Mariana Nunes conduziu a habitual aula de expressão corporal num lugar não habitual…

Coube-lhe, portanto, fazer a pergunta que deu início a tudo: Como é que está o tempo aqui dentro, isto é, dentro de cada um? E assim, os utentes da URDP 2 começaram por se ‘transformar’ no frio, na chuva, no sol, nos trovões… e até em «tempo de aproveitar o mar e ver as gaivotas»! E ainda houve tempo também para ficar a saber tudo sobre uma árvore que só nasce num lugar que existe dentro de cada um – e que está a crescer durante as atividades ligadas à expressão dramática…

Foram dois dias para os nadadores Bárbara Gomes, Carolina Lourenço, Joel Pereira e Matilde Gaspar apurarem a forma e experimentarem mais uma vez as sensações de participar numa prova de natação pura. E, apesar de a ‘comitiva’ da APCC ser, desta feita, ligeiramente mais pequeno do que o habitual, a Taça de Meio-Fundo de Coimbra ainda deu para mostrar que estão todos num bom momento… e para a Matilde estabelecer dois novos recordes de Portugal!

A jovem nadadora de 17 anos bateu as anteriores melhores marcas nacionais dos 100 e 200 metros livres, juntando-as aos três recordes que detém nos 50, 100 e 200 metros livres e ao recorde júnior da Europa dos 800 metros livres! E, claro, a festa fez-se em equipa! A Matilde, recorde-se, está já convocada para o Campeonato do Mundo de Natação Adaptada, que terá lugar na Turquia, entre os dias 18 e 26 deste mês – e o mínimo que se pode dizer é que está ponta!

Grandes jogadas, pontos incríveis, estratégias certeiras e muitas vitórias! Foi assim o fim de semana do boccia da APCC, com a participação no Campeonato Regional de Pares e Equipas a redundar num título conquistado e numa classificação à beirinha do pódio… Resultados muito positivos, que deixaram toda a comitiva – jogadores, treinadores, acompanhantes e apoiantes – com uma sensação de dever cumprido… com brilhantismo!

Vamos ao resumo: os novos campeões regionais são o António Marques, o Rui Gomes e a Teresa Vendeiro, que constituíram a equipa BC1/BC2 e tiveram uma prestação perfeita, somando por vitórias todos os jogos; a Ana Laura Ferreira e o Ricardo Ferreira formaram o par BC3 e, depois de uma fase de grupos em grande, terminaram no 4.º lugar. Fazendo o balanço das competições regionais disputadas esta época – individuais e coletivas – a APCC somou seis medalhas e muitos motivos para celebrar!

Na gastronomia, ingredientes simples transformam-se em obras-primas de sabor, enquanto na magia, gestos simples desvendam feitos fantásticos, mas em ambas se procura a harmonia entre os diversos elementos, seja na composição de um prato que desperta os sentidos ou na revelação de um truque que desafia a compreensão. E numa como noutra, a criatividade e a habilidade unem-se para criar experiências que transcendem o comum, tanto quanto aquelas duas artes se uniram ontem, em mais um Almoço Temático da Formação Profissional da APCC!

Dedicada precisamente à magia, a mais recente edição desta iniciativa – que pretende proporcionar aos formandos uma experiência próxima daquelas que encontrarão no mercado de trabalho – envolveu mesmo varinhas mágicas (mas as da cozinha), incluiu um incrível número de desaparecimento (o das deliciosas iguarias que foram servidas) e culminou com uma demonstração de telepatia (ou assim pareceu, com todos os convivas a pensarem simultaneamente: Que saboroso)!

As abordagens de estimulação visual devem tornar-se parte integrante dos programas de reabilitação de rotina. É esta a principal conclusão do estudo “Impacto da Terapia de Estimulação Visual na Abordagem do Défice Visual Cerebral em Crianças com Paralisia Cerebral”, realizado por uma equipa que incluiu elementos da APCC, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, que foi apresentado no Centro de Reabilitação no final da passada semana.

Naquela investigação – em que estiveram envolvidos elementos das equipas médica e de terapia ocupacional da consulta de oftalmologia da Associação – foram avaliadas crianças entre os 6 meses e os 14 anos, com défice visual cerebral (uma disfunção que afeta a função visual devido a uma lesão no cérebro, não relacionada diretamente com os olhos), para avaliar se uma abordagem personalizada e multidisciplinar de reabilitação visual, como aquela que é realizada na APCC, contribui para a recuperação.